Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
( Vinícios de Moraes )
Beatriz Britto
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Vinícius de Morais é um dos poetas de que mais gosto. O que vocês acharam da ideia que ele faz de amor?
ResponderExcluirUm abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha filhotinha querida,
ResponderExcluirPor que você não comenta a música “Jorge Maravilha”? Aquela do verso: "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta..."?
Beijos do seu pai,
Luiz
P.S. Chico compôs alguma música contra a ditadura em Cuba?